Mensagens Espíritas

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LABOR TRANSCENDENTAL

Bezerra-de-Menezes1

 … É necessário que exerçamos a mediunidade com Jesus.

 Que a figura incomparável do doce Rabi penetre-nos, e que logremos insculpi-la no ádito do nosso coração.

 Fomos chamados para um labor de natureza transcendental, a nossa é uma tarefa de abnegação e de sacrifício.

 Médium sem as cicatrizes do sofrimento ainda não se encontra em condições de servir em plenitude Àquele que é o exemplo máximo da doação.

 Convidados ao banquete da era nova na vinha do Senhor, trabalhemos as vestes espirituais que são os nossos hábitos para que, em chegando o dono do banquete, nos possa colocar no lugar que nos está destinado.

 Companheiros de jornada, filhos do coração, honrados com a faculdade mediúnica para o serviço do bem, estendei os vossos tesouros íntimos oferecendo-os aos transeuntes da vida.

 Não podeis imaginar o benefício do socorro espiritual em uma reunião mediúnica, quando alguém crucificado nas traves do sofrimento do além-túmulo por decênios, em se utilizando da vossa aparelhagem consegue receber o lenitivo da palavra que ilumina e que liberta da ignorância, a energia que lhe atenua a dor; a página de esperança que se lhe acena na direção do futuro.

 Entregai-vos ao labor da caridade da condição de trabalhadores que somos da última hora.

 Jesus espera que nos desincumbamos das tarefas que nos foram confiadas e, dentre muitas, a da mediunidade dignificada pela conduta coerente com os postulados espíritas que tem primazia.

 Filhas e filhos do coração, não vos esqueçais que Jesus nos fez um pedido e que ainda não O atendemos: Amai-vos uns aos outros para que todos saibam que sois meus discípulos.

 Foi um pedido do Mestre, busquemos atendê-Lo de tal forma que o amor flua de nós como uma cascata de bênçãos e a aridez do terreno dos corações se fertilize e se transforme o deserto em jardim; o pântano das paixões em pomar…

 O Senhor espera-nos com ternura, compaixão e misericórdia. Façamos, dentro das nossas possibilidades, o melhor ao nosso alcance.

 Os Espíritos-espíritas que aqui mourejam, por meu intermédio, pedem que nos unamos na construção de um mundo melhor.

 E rogamos, por fim, ao Senhor da Vinha que nos abençoe e nos dê a Sua paz.

 Que essa paz, filhos e filhas da alma e do coração, permeie-nos hoje e sempre.

 São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,

 Bezerra

 (Mensagem psicofônica obtida pelo médium Divaldo Pereira Franco, no encerramento da conferência, no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, na noite de 22 de agosto de 2013.)

 Revisada pelo Autor Espiritual
 


A VIAGEM

novela A Viagem (1994)

http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Viagem_(1994)

A Viagem – Abertura

 A Viagem – Capítulo 1

A Viagem – Capítulo 2

A Viagem – Capítulo 3

A Viagem – Capítulo 4

A Viagem – Capítulo 5

A Viagem – Capítulo 6

A Viagem – Capítulo 7

A Viagem – Capítulo 8

A Viagem – Capítulo 9

A Viagem – Capítulo 10

A Viagem – Capítulo 11

A Viagem – Capítulo 12

Assista aos outros capitulos da novela neste canal que eu achei no YouTube:

http://www.youtube.com/user/Anubis1520/videos?shelf_index=1&view=0&sort=p


AMANHECER DE UMA NOVA ERA – PALESTRA

Palestra de Divaldo Franco realizada no Encontro Fraterno
em 11 a 14 de outubro de 2012 – Bahia

http://www.divaldofranco.com.br/

http://www.divaldofranco.com.br/livro_dentro.php?livro=183

http://www.divaldofranco.com.br/livro_dentro.php?livro=202

http://www.mansaodocaminho.com.br/divaldo-franco/


FATORES DE PERTURBAÇÃO

Joanna de Ângelis

Joanna de Ângelis

A segunda metade do Século 19 transcorre numa Eurásia sacudida pelas
contínuas calamidades guerreiras, que se sucedem, truanescas, dizimando vidas
e povos.

As admiráveis conquistas da Ciência que se apóia na Tecnologia, não logram
harmonizar o homem belicoso e insatisfeito, que se deixa dominar pela vaga do
materialismo-utilitarista, que o transforma num amontoado orgânico que pensa, a
caminho de aniquilamento no túmulo.

Possuir, dominar e gozar por um momento, são a meta a que se atira,
desarvorado.

Mal se encerra a guerra da Criméia, em 1856, e já se inquietam os exércitos para
a hecatombe franco-prussiana, cujos efeitos estouram em 1914, envolvendo o
imenso continente na loucura selvagem que ameaça de consumição a tudo e a
todos.

O Armistício, assinado em nome da paz, fomentou o explodir da Segunda Guerra
Mundial, que sacudiu o Orbe em seus quadrantes.

Somando-se efeitos a novas causas, surge a Guerra Fria, que se expande pelo
sudeste asiático em contínuos conflitos lamentáveis, em nome de ideologias
alienígenas, disfarçadas de interesses nacionais, nos quais, os armamentos
superados são utilizados, abrindo espaços nos depósitos para outros mais
sofisticados e destrutivos.

Abrem-se chagas purulentas que aturdem o pensamento, dores inomináveis
rasgam os sentimentos asselvajando os indivíduos.

O medo e o cinismo dão-se as mãos em conciliábulo irreconciliável.

A Guerra dos seis dias, entre árabes e judeus, abre sulcos profundos na
economia mundial, erguendo o deus petróleo a uma condição jamais esperada.
Os holocaustos sucedem-se.

Os crimes hediondos em nome da liberdade se acumulam e os tribunais de
justiça os apóiam.

O homem é reduzido à ínfima condição no “apartheid”, nas lutas de classes, na
ingestão e uso de alcoólicos e drogas alucinógenas como abismo de fuga para a
loucura e o suicidio.

Movimentos filosóficos absurdos arregimentam as mentes jovens e desiludidas
em nome do Nadaísmo, do Existencialismo, do Hippieísmo e de comportamentos
extravagantes mais recentes, mais agressivos, mais primários, mais violentos.

O homem moderno estertora, enquanto viaja em naves superconfortáveis fora
da atmosfera e dentro dela, vencendo as distâncias, interpretando os desafios e
enigmas cósmicos.

A sonda investigadora penetra o âmago da vida microscópica e abre todo um
universo para informações e esclarecimentos salvadores.

Há esperança para terríveis enfermidades que destruíram gerações, enquanto
surgem novas doenças totalmente perturbadoras.

A perplexidade domina as paisagens humanas.

A gritante miséria econômica e o agressivo abandono social fazem das
cidades hodiernas o palco para o crime, no qual a criatura vale o que conduz,
perdendo os bens materiais e a vida em circunstâncias inimagináveis.

Há uma psicosfera de temor asfixiante enquanto emerge do imo do homem a
indiferença pela ordem, pelos valores éticos, pela existência corporal.

Desumaniza-se o indivíduo, entregando-se ao pavor, ou gerando-o, ou
indiferente a ele.

Os distúrbios de comportamento aumentam e o despautério desgoverna.
Uma imediata, urgente reação emocional, cultural, religiosa, psicológica, surge,
e o homem voltará a identificar-se consigo mesmo.

A sua identidade cósmica é o primeiro passo a dar, abrindo-se ao amor, que
gera confiança, que arranca da negação e o irisa de luz, de beleza, de esperança.
A grande noite que constringe é, também, o início da alvorada que surge.

Neste homem atribulado dos nossos dias, a Divindade deposita a confiança
em favor de uma renovação para um mundo melhor e uma sociedade mais feliz.

Buscar os valores que lhe dormem soterrados no íntimo é a razão de sua
existência corporal, no momento.

Encontrar-se com a vida, enfrentá-la e triunfar, eis o seu fanal.

Joanna de Angelis

psicografia de Divaldo Pereira Franco

livro: O Homem Integral


NO CAMINHO DO AMOR

caminho

Em Jerusalém, nos arredores do Templo, adornada mulher encontrou um nazareno, de olhos fascinantes e lúcidos, de cabelos delicados e melancólicos sorriso, e fixou-o estranhamente.

Arrebatada na onda de simpatia a irradiar-se dele, corrigiu as dobras da túnica muito alva; colocou no olhar indizível expressão de doçura e, deixando perceber, nos meneios do corpo frágil, a visível paixão que a possuíra de súbito, abeirou-se do desconhecido e falou, ciciante:

– Jovem, as flores de Séforis encheram-me a ânfora do coração com deliciosos perfumes. Tenho felicidade ao teu dispor, em minha loja de essências finas…

Indicou extensa vila, cercada de rosas, à sombra de arvoredo acolhedor, e ajuntou:

– Inúmeros peregrinos cansados me buscam a procura do repouso que reconforta. Em minha primavera juvenil, encontram o prazer que representa a coroa da vida. E’ que o lírio do vale não tem a carícia dos meus braços e a romã saborosa não possui o mel de meus lábios. Vem e vê! Dar-te-ei leito macio, tapetes dourados e vinho capitoso … Acariciar-te-ei a fronte abatida e curar-te-ei o cansaço da viagem longa! Descansarás teus pés em água de nardo e ouvirás, feliz, as harpas e os alaúdes de meu jardim. Tenho a meu serviço músicos e dançarinas, exercitados em palácios ilustres!…

Ante a incompreensível mudez do viajor, tornou, súplice, depois de leve pausa:

– Jovem, porque não respondes? Descobri em teus olhos diferentes chama e assim procedo por amar-te. Tenho sede de afeição que me complete a vida. Atende! atende!…

Ele parecia não perceber a vibração febril com que semelhantes palavras eram pronunciadas e, notando-lhe a expressão fisionômica indefinível, a vendedora de essências acrescentou uma tanto agastada:

– Não virás?

Constrangido por aquele olhar esfogueado, o forasteiro apenas murmurou:

– Agora, não. Depois, no entanto, quem sabe?!…

A mulher, ajaezada de enfeites, sentindo-se desprezada, prorrompeu em sarcasmos e partiu.

…………………………………………………………………………………………………………………………………………..

Transcorridos dois anos, quando Jesus levantava paralítico, ao pé do Tanque de Betesda, venerável anciã pediu-lhe socorro para infeliz criatura, atenazada de sofrimento.

O Mestre seguiu-a, sem hesitar.

Num pardieiro denegrido, um corpo chagado exalava gemido angustioso.

A disputada marcadora de aromas ali se encontrava carcomida de úlceras, de pele enegrecida e rosto disforme. Feridas sanguinolentas pontilhavam-lhe a carne, agora semelhante ao esterco da terra. Exceção dos olhos profundos e indagadores, nada mais lhe restava da feminilidade antiga. Era uma sombra leprosa, de que ninguém ousava aproximar.

Fitou o Mestre e reconheceu-o.

Era o mesmo mancebo nazareno, de porte sublime e atraente expressão.

O Cristo estendeu-lhe os braços, tocados de intraduzível ternura e convidou:

– Vem a mim, tu que sofres! Na Casa de Meu Pai, nunca se extingue a esperança.

A interpelada quis recuar, conturbada de assombro, mas não conseguiu mover os próprios dedos, vencida de dor.

O Mestre, porém, transbordando compaixão, prosternou-se fraternal, e conchegou-a, de manso…

A infeliz reuniu todas as forças que lhe sobravam e perguntou, em voz reticenciosa e dorida

– Tu?… o Messias nazareno?… O Profeta que cura, reanima e alivia?!… Que viste fazer, junto de mulher tão miserável quanto eu?

Ele, contudo, sorriu benevolente, retrucando apenas:

– Agora, venho satisfazer-te os apelos.

E, recordando-lhe a palavra do primeiro encontro, acentuou, compassivo:

– Descubro em teus olhos diferentes chama e assim procedo por amar-te.

 Irmão X

psicografia de Francisco Cândido Xavier  
livro: Contos e Apólogos

http://www.jcca.com/mluz/Jonas/No_caminho_do_amor.htm