Mensagens Espíritas

Arquivo para outubro, 2010

A GRANDE TRANSIÇÃO

 

 

Opera-se, na Terra,neste largo período,a grande transição anunciada pelas Escrituras e confirmada pelo Espiritismo.

O planeta sofrido experimenta convulsões especiais,tanto na sua estrutura física e atmosférica,ajustando as suas diversas camadas tectônicas,quanto na sua constituição moral.

Isto porque,os espíritos que o habitam,ainda caminhando em faixas de inferioridade,estão sendo substituídos por outros mais elevados que o impulsionarão pelas trilhas do progresso moral,dando lugar a uma era nova de paz e de felicidade.

Os espíritos renitentes na perversidade,nos desmandos,na sensualidade e vileza, estão sendo recambiados lentamente para mundos inferiores onde enfrentarão as conseqüências dos seus atos ignóbeis,assim renovando-se e predispondo-se ao retorno planetário,quando recuperados e decididos ao cumprimento das leis de amor.

Por outro lado,aqueles que permaneceram nas regiões inferiores estão sendo trazidos à reencarnação de modo a desfrutarem da oportunidade de trabalho e de aprendizado, modificando os hábitos infelizes a que se têm submetido,podendo avançar sob a governança de Deus.
Caso se oponham às exigências da evolução, também sofrerão um tipo de expurgo temporário para regiões primárias entre as raças atrasadas,tendo o ensejo de ser úteis e de sofrer os efeitos danosos da sua rebeldia.

Concomitantemente,espíritos nobres que conseguiram superar os impedimentos que os retinham na retaguarda,estarão chegando,a fim de promoverem o bem e alargarem os horizontes da felicidade humana,trabalhando infatigavelmente na reconstrução da sociedade, então fiel aos desígnios divinos.

Da mesma forma, missionários do amor e da caridade,procedentes de outras Esferas estarão revestindo-se da indumentária carnal, para tornar essa fase de luta iluminativa mais amena,proporcionando condições dignificantes,que estimulem ao avanço e à felicidade.

Não serão apenas os cataclismos físicos que sacudirão o planeta, como resultados da lei de destruição,geradora desses fenômenos,como ocorre com o outono que derruba a folhagem das árvores,a fim de que possam enfrentar a invernia rigorosa, renascendo exuberantes com a chegada da primavera,mas também os de natureza moral,social e humana que assinalarão os dias tormentosos, que já se vivem.

Os combates apresentam-se individuais e coletivos,ameaçando de destruição a vida com hecatombes inimagináveis.
A loucura,decorrente do materialismo dos indivíduos,atira-os nos abismos da violência e da insensatez,ampliando o campo do desespero que se alarga em todas as direções.

Esfacelam-se os lares,desorganizam-se os relacionamentos afetivos, desestruturam-se as instituições,as oficinas de trabalho convertem-se em áreas de competição desleal,as ruas do mundo transformam-se em campos de lutas perversas,levando de roldão os sentimentos de solidariedade e de respeito,de amor e de caridade.

A turbulência vence a paz,o conflito domina o amor,a luta desigual substitui a fraternidade.

Mas essas ocorrências são apenas o começo da grande transição.

A fatalidade da existência humana é a conquista do amor que proporciona plenitude.

Há,em toda parte,uma destinação inevitável,que expressa a ordem universal e a presença de uma Consciência Cósmica atuante.

A rebeldia que predomina no comportamento humano elegeu a violência como instrumento para conseguir o prazer que lhe não chega da maneira espontânea, gerando lamentáveis conseqüências,que se avolumam em desaires contínuos.

É inevitável a colheita da sementeira por aquele que a fez,tornando-se rico de grãos abençoados ou de espículos venenosos.

Como as leis da vida não podem ser derrogadas,toda objeção que se lhes faz converte-se em aflição,impedindo a conquista do bem-estar.

Da mesma forma,como o progresso é inevitável,o que não seja conquistado através do dever,sê-lo-á pelos impositivos estruturais de que o mesmo se constitui.

A melhor maneira,portanto,de compartilhar conscientemente da grande transição é através da consciência de responsabilidade pessoal,realizando as mudanças íntimas que se tornem próprias para a harmonia do conjunto.

Nenhuma conquista exterior será lograda se não proceder das paisagens íntimas, nas quais estão instalados os hábitos.Esses,de natureza perniciosa,devem ser substituídos por aqueles que são saudáveis,portanto,propiciatórios de bem-estar e de harmonia emocional.

Na mente está a chave para que seja operada a grande mudança.

Quando se tem domínio sobre ela,os pensamentos podem ser canalizados em sentido edificante,dando lugar a palavras corretas e a atos dignos.

O indivíduo,que se renova moralmente,contribui de forma segura para as alterações que se vêm operando no planeta.

Não é necessário que o turbilhão dos sofrimentos gerais o sensibilize,a fim de que possa contribuir eficazmente com os espíritos que operam em favor da grande transição.

Dispondo das ferramentas morais do enobrecimento,torna-se cooperador eficiente, em razão de trabalhar junto ao seu próximo pela mudança de convicção em torno dos objetivos existenciais,ao tempo em que se transforma num exemplo de alegria e de felicidade para todos.

O bem fascina todos aqueles que o observam e atrai quantos se encontram distantes da sua ação,o mesmo ocorrendo com a alegria e a saúde.

São eles que proporcionam o maior contágio de que se tem notícia e não as manifestações aberrantes e afligentes que parecem arrastar as multidões.

Como escasseiam os exemplos de júbilo,multiplicam-se os de desespero,logo ultrapassados pelos programas de sensibilização emocional para a plenitude.

A grande transição prossegue, e porque se faz necessária,a única alternativa é examinar-lhe a maneira como se apresenta e cooperar para que as sombras que se adensam no mundo sejam diminuídas pelo Sol da imortalidade.

Nenhum receio deve ser cultivado,porque,mesmo que ocorra a morte, esse fenômeno natural é veículo da vida que se manifestará em outra dimensão.

A vida sempre responde conforme as indagações morais que lhe são dirigidas.

As aguardadas mudanças que se vêm operando trazem uma ainda não valorizada contribuição,que é a erradicação do sofrimento das paisagens espirituais da Terra.

Enquanto viceje o mal,no mundo,o ser humano torna-se-lhe a vítima preferida,em face do egoísmo em que se estorcega,apenas por eleição especial.

A dor momentânea que o fere,convida-o,por outro lado,à observância das necessidades imperiosas de seguir a correnteza do amor no rumo do oceano da paz.

Logo passado o período de aflição,chegará o da harmonia.

Até lá,que todos os investimentos sejam de bondade e de ternura,de abnegação e de irrestrita confiança em Deus.

Joanna de Ângelis

Mensagem recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco no Rio de Janeiro,no dia 30 de julho de 2006.

 


O TEMPO

 

 

 

 

 

Todas as criaturas gozam o tempo – raras aproveitam-no.
Corre a oportunidade – espalhando bênçãos.
Arrasta-se o homem – estragando as dádivas recebidas.
Cada dia é um país – de vinte e quatro províncias.
Cada hora é uma província – de sessenta unidades.
O homem, contudo é o semeador – que não despertou ainda.
Distraído cultivador – pergunta : “que farei”?

E o tempo silencioso responde – com ensejos benditos :
De servir – ganhando autoridade.
De obedecer – conquistando o mundo.
De lutar – escalando os céus.
O homem, todavia, – voluntariamente cego,
Roga sempre mais tempo – para zombar da vida,
Porque, se obedece – revolta-se, orgulhoso,
Se sofre – injuria e blasfema,
Se chamado a acertar as contas – lavra reclamações descabidas.

Cientistas – fogem da verdadeira ciência.
Filósofos – ausentam-se dos próprios ensinos.
Religiosos – negam a religião.
Administradores – retiram-se da responsabilidade.
Médicos – subtraem-se à Medicina.
Literatos – furtam-se à divina verdade.
Estadistas – centralizam a dominação.
Servidores do povo – buscam interesses privados.
Lavradores – abandonam a terra.
Trabalhadores – escapam do serviço.
Gozadores temporários – entronizam ilusões.

Ao invés de suar no trabalho – apanham borboletas da fantasia.
Desfrutam a existência – assassinando-a em si próprios.
Possuem os bens da Terra – acabando possuídos.
Reclamam liberdade – submetendo-se à escravidão.

Mas chega um dia – porque há sempre um dia mais claro que os outros,
Em que a morte – surge – reclamando trapos velhos…
O Tempo recolhe, então – apressado – as oportunidades que pareciam sem fim…
E o homem reconhece – tardiamente preocupado –
Que a Eternidade Infinita – pede conta do minuto.

André Luiz/Francisco Cândido Xavier

livro: Correio Fraterno


AGRADEÇO,SENHOR

 

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Agradeço,Senhor,
Quando me dizes “não”
Às súplicas indébitas que faço,
Através da oração.

Muitas daquelas dádivas que peço,
Estima,concessão,posse,prazer,
Em meu caso talvez fossem espinhos,
Na senda que me deste a percorrer.

De outras vezes,imploro-te favores,
Entre lamentação,choro, barulho,
Mero capricho,simples algazarra,
Que me escapam do orgulho…

Existem privilégios que desejo,
Reclamando-te o “sim”
Que,se me florescem na existência,
Seriam desvantagens contra mim.

Em muitas circunstâncias,rogo afeto,
Sem achar companhia em qualquer parte,
Quando me dás a solidão por guia
Que me inspire a buscar-te.

Ensina-me que estou no lugar certo,
Que a ninguém me ligaste de improviso,
E que desfruto agora o melhor tempo
De melhorar-me em tudo o que preciso.

Não me escutes as exigências loucas,
Faze-me perceber
Que alcançarei além do necessário,
Se cumprir o meu dever.

Agradeço,meu Deus,
Quando me dizes “não” com teu amor,
E sempre que te rogue o que não deva,
Não me atendas,Senhor!

Maria Dolores/Francisco Cândido Xavier

livro: Poetas Redivivos


MENSAGEM DE BEZERRA DE MENEZES

 

 

 

 

 

 

Pronunciamento do Espírito Bezerra de Menezes no II Congresso Espírita Brasileiro em Brasília.

“Alegrai-vos, vós que chorais. Tende confiança, mantendo o ânimo, para seguir sem desalento, voltado para o bem inefável e para o amor incondicional. Jesus – meus filhos, é o nosso caminho, levando-nos à Verdade e Vida. Estais informados de como proceder diante de penosas injunções. Não busqueis orientações e diretrizes porque já tendes no Amor, o perdão. Perdoai sempre e incessantemente, amando os crucificadores para que todos saibam que sois discípulos do Mestre Vitorioso da Cruz. Inaugura-se Era Nova. A Revelação Espírita abre o ciclo de realizações grandiosas para o porvir. Fostes honrados com convite do Mestre Jesus para vos constituirdes no alierce da Era Nova. Entregai-vos à sua condução e nunca vos deixeis recuar, estacionar, ceder o passo na estrada do bem. Esta é a hora de semeardes Luz. Ide, pois, como aqueles setenta da Galiléia preparar os caminhos, porque o Senhor está chegando à Terra para proclamar a Glória do Espírito Imortal. Ide por todas partes e falai a respeito de Allan Kardec, a quem homenageamos neste dia de encerramento do 2º Congresso Brasileiro Espírita. Convidado pelos espíritos espíritas do Brasil para que presidisse este evento, o nobre codificador aquiesceu e com as falanges do Espírito da Verdade, está conosco. Nos acompanhará neste novo ciclo que se abre, até o momento quando o Mundo de Regeneração se encontre instaurado e instalado na Terra. Que Jesus nos abençoe, filhos d’Alma e que a paz que deflue da consciência tranqüila permaneça em vossos corações. Com carinho de vossos companheiros que vos precederam no retorno ao Grande Lar, através do servidor humílimo e paternal de sempre,Bezerra,muita paz.”

Mensagem psicofônica obtida ao término das comemorações do Sesquicentenário de “O Livro dos Espíritos” em 15/04/2007 no II Congresso Espírita Brasileiro,realizado em Brasília,DF,através do médium Divaldo Pereira Franco.


ONDE PASSES

 

 

 

 

 

 

 

 

Quando cada dia se te apresenta,  em torno das atividades a que o dever  te vincula, aparecem as tarefas com as  quais não contavas.

Geralmente são pequeno encargos  que a vida te propõe em nome de  Deus.

É o amigo desesperado, a mulher  vergastada pelo sofrimento, o  desconhecido em dificuldade, o doente  esquecido ou a criança, sem rumo, a te  pedirem apoio e consolação.

Não passes indiferentes, diante da  dor.

Cede um minuto do tempo de que  disponhas ou algo do que possuis para  diminuir o frio da penúria e a febre da  aflição.

Uma frase iluminada de amor e  qualquer migalha de socorro na bênção  da compreensão operam prodígios.

Pronuncia as palavras que libertem  os corações encarcerados na angústia,
tece um véu de esperança sobre as  feridas ocultas,improvisa algum reconforto
para os que carregam  conflitos e lágrimas, alivia os que  choram e façam sorrir,
de algum modo, aqueles que transitam pelos caminhos  empedrados da solidão.

O tempo é uma estrada que todos  somos compelidos a percorrer.

Segue plantando paz e semeando  alegria.

Deus não nos pede o impossível.

Tanto quanto nos sucede, onde  estamos, a vida na Terra te solicita,onde passes,
esse ou aquele toque de  amor,a lembrar-te que o reino da felicidade começa de ti.

Com todos aqueles aos quais possas doar algo do que tenhas ou algo do que sejas,
para que as tuas dádivas não se percam na esterilidade da incompreensão, não esqueças-te de envolve-las em teu amor na embalagem da paciência.

Precisamos dos outros,tanto quanto outros se valem de nós.

Meimei/Francisco Cândido Xavier

livro: Palavras do Coração